
Sou ser etéreo, alma efémera que desaparecerá um dia da mesma forma que a gota de água se funde na terra.
Sou feita da névoa inebriante exalada pela noite negra e aconchegante, banhada pelo sol recém-nascido, beijada pela doce chuva.
Fundo-me com a água, sinto a erva morna entre os meus dedos, bailo com a brisa mansa, sinto fogo ardendo em meu sangue, chama que me mantém viva.
Sou como as sombras que bailam à distância de um relance, levemente tocadas por um olhar, descansando em altas e fortes árvores, protegendo-me, escondendo-me dos que me feririam, nunca permitindo que soubessem a minha existência.
Por ruas empoeiradas andei, rasguei os meus pés descalços nas pedras afiadas que se escondiam entre o caminho.
Eu era como um sonho. Vês-me. Sabes que estou lá. Mas não me poderás tocar. E no fundo sabes isto. Sabes que sou como uma estranha tontura que te toma e te liberta não deixando rasto senão o da leve memória.
Tive de correr. Lutar. Cortar os aguçados fios, resistentes como aço, que me prendiam e cortavam a carne, mantendo-me no meu lugar, impedindo-me de ser tudo o que poderia ser.
Não era de ninguém nem ninguém era meu. Livre como a corça selvagem que experimenta o vento indomável.
Mas foi no auge deste sentimento que ele surgiu eu. Que nasceu para mim. Acarinhado pela luz do sol, lavado pelo orvalho que vem com a aurora olhou nos meus olhos invadindo o fundo da minha alma. Como poderia dizer não a tão solene pedido?
Seus braços fortes envolveram-me no ardente calor dos seus lábios, despegando-me do meu sonho para alcançar o nosso. Fogo vivo ardia sob a minha pele contaminando o ar à nossa volta. A erva fresca foi nosso recreio entre sussurros e sorrisos.
Foi o único a chegar até mim. Aquele que tomei como meu. Não me libertei de quem não queria ser libertado por mim. Tornando-nos um só, um só sopro, uma só mente…
Ele é quem disse não ao negrume da vida para viver a minha existência etérea, efémera, que não seria recordada por ninguém a não ser pelos corações quebrantados que sonham com a liberdade da mente e do coração.
Sou feita da névoa inebriante exalada pela noite negra e aconchegante, banhada pelo sol recém-nascido, beijada pela doce chuva.
Fundo-me com a água, sinto a erva morna entre os meus dedos, bailo com a brisa mansa, sinto fogo ardendo em meu sangue, chama que me mantém viva.
Sou como as sombras que bailam à distância de um relance, levemente tocadas por um olhar, descansando em altas e fortes árvores, protegendo-me, escondendo-me dos que me feririam, nunca permitindo que soubessem a minha existência.
Por ruas empoeiradas andei, rasguei os meus pés descalços nas pedras afiadas que se escondiam entre o caminho.
Eu era como um sonho. Vês-me. Sabes que estou lá. Mas não me poderás tocar. E no fundo sabes isto. Sabes que sou como uma estranha tontura que te toma e te liberta não deixando rasto senão o da leve memória.
Tive de correr. Lutar. Cortar os aguçados fios, resistentes como aço, que me prendiam e cortavam a carne, mantendo-me no meu lugar, impedindo-me de ser tudo o que poderia ser.
Não era de ninguém nem ninguém era meu. Livre como a corça selvagem que experimenta o vento indomável.
Mas foi no auge deste sentimento que ele surgiu eu. Que nasceu para mim. Acarinhado pela luz do sol, lavado pelo orvalho que vem com a aurora olhou nos meus olhos invadindo o fundo da minha alma. Como poderia dizer não a tão solene pedido?

Seus braços fortes envolveram-me no ardente calor dos seus lábios, despegando-me do meu sonho para alcançar o nosso. Fogo vivo ardia sob a minha pele contaminando o ar à nossa volta. A erva fresca foi nosso recreio entre sussurros e sorrisos.
Foi o único a chegar até mim. Aquele que tomei como meu. Não me libertei de quem não queria ser libertado por mim. Tornando-nos um só, um só sopro, uma só mente…
Ele é quem disse não ao negrume da vida para viver a minha existência etérea, efémera, que não seria recordada por ninguém a não ser pelos corações quebrantados que sonham com a liberdade da mente e do coração.
9 comentários:
Esta tao lindo que quando li abri a boca e fiz: WOU!
Nem tenho palavras para descrever. Acho que está muito profundo de facto :p
Adoro-te mulher.
Eu quando deixei anonimo nao estava logada :D
Pareces uma verdadeira escritora experiente a escrever.
Adoro os teus textos, adoro cada palavra cautelosamente escolhida.
Tens talento
Somos todos assim, "alma efémera que desaparecerá um dia da mesma forma que a gota de água se funde na terra", mas há poucas que se libertam da escuridão e se destacam como o que tu dissestes no teu poema, esta muito profundo o que o torna mais bonito e real.
Aquilo deve ter feito uns belos de galos na cabeça.
Não tenhas medo de dizer o que sentes, o que interessa é os sentimentos que tu tens por algo e esse algo por ti, o que os outros dizem contra esse algo não passa de "barulho".
"Nao é a força, mas a consistência dos bons sentimentos que conduz os homens a felicidade."
(nao me lembro do nome)
Sim é verdade, mas para isso também há outra maneira, ao estilo do fernando pessoa que usou e abusou de pseudonimos.
Abracos
hehehehe
O tipo faz grandes series, passam na dicovery quartas feiras a noite, não perco nenhum episódio, ensina bastantes coisas ulteis em casos extremos e ate fáceis, mas aquela consola é bastante comica, so falta o jogo de ir as compras =)
Aguardo um novo post.
Abracos =)
Olá Ni, como prometido vim ao teu blog para lê-lo com mais calma e parece que não vou sair daqui tão depressa! Escreves realmente muito bem! Parabéns!! Tens um talento incrivel ;)
Sim snhoª a menina anda inspirada hehe gostei de tods os textos mas em particular do "sou" vais ser uma grande..
Tens futuro x'D
Qnd tivers la em cima nao te esquecas dos que tao ca em baixo xDDDD loOl
Parabens ;DDDD
bjinuu
Enviar um comentário