Pede me perdão
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Deleita-me com as tuas mentiras
Pede me perdão
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Volta
Para onde escapou o calor
Que aconteceu com todo esse amor?
Meu coração vibrava em plena luz
Agora reflecte a cruel ironia
Da vida passageira e fria
Volta, volta para mim calor
Suave entorpecimento
Abençoado esquecimento
Mas foste perdido ou fui rejeitada?
Fui julgada indigna?
Fui amaldiçoada?
Quero sentir
Não me será concedido
Quero viver
O meu espírito está perdido
Rujo sim no interior
O meu exterior é concha oca
Odeio as palavras na minha boca
São futéis e exuberantes
Não merecem militantes
No conforto da noite peço com ardor
Rogo pela volta do calor
Do precioso sentir
Antes do som do meu coração a partir
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Gota, a gota
Gota, a gota, até que toque o gargalo.
E seus olhos não desfocam da suave imagem do líquido vermelho intenso que beija o suave cristal azul, cor do oceano profundo.
Da doce tarefa que se impôs poucas gotas é tudo o que resta. Sim, é doce e justa, necessária após a fatídica noite em que ele lhe feriu a pele e trespassou a alma. Não sendo capaz de satisfazer a sua vingança no causador da sua ferida, outros como ele pagariam a amarga dívida de se atravessar no seu caminho.
Sim, e gota a gota encheria o frasco até que esse sangue contaminado pela podridão do espírito do seu senhor viesse satisfazer a sua mágoa e finalizar o seu propósito.
Bela como o sol de Inverno e formosa como uma pintura saída da mão do mestre, brinca com os corações com a habilidade que a costureira impõe na sua arte. Oferece o leito mas nunca a si mesma, pois aquele que a teve fê-la jurar que seria o último. Ela caminha, sozinha, pelas ruas frias e cinzentas, para levar a sua arte aos covis da maldade exercendo a sua sede de vingança nos ignorantes alvos. Ah, se eles soubessem entenderiam, mas ela nunca lhes daria essa misericórdia.
E prosseguia, nunca satisfeita até que, gota, a gota, o fluído beije o gargalo e a sua dor jaza enterrada com o suave cristal azul, cor do oceano profundo, para sempre carregado do seu vil conteúdo.
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Amor Negro

Sua pele de alabastro reluzia com a luz do luar. Lábios encarnados como sangue manchavam a pureza do seu rosto, cinzelado parecia, por mão de hábil homem. No mar dos seus olhos perdia-se o mortal, cativo da beleza selvagem e fatal que exalavam. Cabelos longos, negros, lisos emolduravam o seu rosto e desciam até tocar o seu regaço. Assim, como a escuridão dos seus cabelos, o manto que trazia à sua volta envolvia-a da mesma forma que a noite pairava no mundo.
Montando no seu cavalo forte, da cor da terra fértil, os seus lábios tocavam-se suavemente enquanto murmurava em língua estranha e finas cortinas de lágrimas deslizavam por ambas as faces. Ele não podia entender as suas palavras mas sentia. A dor presente em cada entoação da sua voz que inflamava a sua alma da mesma forma que a dela latejava. A sua voz misturava-se com a doce brisa do bosque. Aproximava-se trazendo-lhe além dos cheiros familiares, a pinho e a terra fresca, o odor de sal, mar, areia fresca e algas toldava-lhe os sentidos.
Parou. Desceu do cavalo e os seus olhos penetraram na sua alma sugando tudo o que havia até só existir o presente, só sentir a ondear do vento no rosto, o cheiro dela, o coração batendo descompassado, o seu toque…
Como num sonho demasiado real, os seus lábios tocaram-se. Podia sentir a sua pele húmida das lágrimas que ainda escorriam como grossas pérolas. Ela ainda murmurava naquele idioma desconhecido. Mas depressa reconheceu aquelas doces palavras . Ela suspirava o seu nome e pedia: “volta a mim”. Ele morreu naquele momento e reviveu de novo. Contemplou-a sem a névoa que esbatia a sua figura. Sem ver a carne, saboreando a sua alma. Amou-a. Lembrando quem era levou-a consigo até à possante montada.
Tomando-a nos braços perderam-se por entre a névoa daquela noite negra, onde sobre as copas das árvores ainda resplandecia o luar prateado.
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terça-feira, 13 de outubro de 2009
A História se repete...
O meu nome é Alessa. Nasci em Maio de 1972 num dia radiante de primavera. Desde nova soube que morreria jovem. Não sei ao certo o porquê. Comecei com sete anos a ouvir as conversas dos mais velhos e a captar cada palavrinha como se fosse uma pequena esponja. Aos treze anos sabia mais do que deveria. Foi por esta altura que pararam os pesadelos com cadáveres. Sim, porque em criança eu tinha uma razão muito especial para recear o escuro: via caveiras, dentes e olhos assassinos a toda a minha volta. Odiava a hora de ir dormir e sofri de insónias por essa altura. Durante algum tempo pararam. Alguns anos depois começaram os namoros. Nunca fui capaz de mostrar a nenhum deles mais do que a máscara que punha para todos os outros. Algum dia entenderiam? Como alguém poderia compreender que eu sonhava o futuro? Quem acreditaria se eu dissesse que nunca estava sozinha no meu quarto mesmo quando estava a casa vazia? Quem não me acharia louca se eu admitisse que sei que não me resta muito tempo neste mundo vazio e oco de emoções fingidas em reacções que não são sentidas?
Oh rio fundo e frio que reflectes a minha imagem na tua superfície corrompida pela sujidade da sociedade, que farei? Tirarei a minha própria vida? Lançarei meu pé sobre o corrimão e desistirei sem luta? Como enfrentar o meu destino que conheço tão bem como cada palma das minhas mãos sem apoio? Sem ninguém que partilhe o meu fardo e me faça rejeitá-lo? Tantas perguntas sem resposta e tão pouco tempo para resolvê-las. Esta noite, sonhei pequenos flashes da minha vida. E apercebi-me que este era o dia em que teria de decidir. Olho à minha volta. Parece que a história se repete. Rogo às águas que me apertem nos seus braços de gelo escuro. Peço aos céus que a minha alma alcance a paz e quebre a maldição que se prendeu à minha carne. Tu que encontraste a minha carta imploro-te que a guardes bem e ofereças a ajuda que não me foi concedida para que esta tragédia não se propague à próxima geração…
Dia 7 de Janeiro de 1992
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domingo, 27 de setembro de 2009
Are you happy now?
I'm staring at you
You just don't look
I'm getting exausted
Of your childish acts
Why don't you just face me?
Are you scared of admiting
The shit you did
That only makes things worse
Today I'm just sick of waiting
Now you're going to say it to my face
Why did you lie to me?
Why did you just used me?
Why don't you look me in the eyes
Tel me: ARE YOU HAPPY NOW?
You just keep pretending
Everythings the same
Nothing ever changed
Don't run from the true
One day, we both know
You pay for the wrong you done
Even this world is unfair
What goes around
Comes around
Why did you lie to me?
Why did you just used me?
Why don't you look me in the eyes
Tel me: ARE YOU HAPPY NOW?
And as the blood in my veins
Getting warmer
In every step I take
While I'm walking to the inevitable
To the feared certain
To the final approach
The I'm gonna ask you
If all the lies, all the anger
All the suffering and hurt
Was it worth it?
Are you happy?
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segunda-feira, 27 de julho de 2009
Cara fantasia
Sob a floresta densa da minha mente
Escondida entre o turbilhão do passado dia
Como algo que por demasiado tempo esteve dormente
Revela-se ainda a minha cara fantasia
Ainda sonho com uma noite de Verão
Em sentir entre os meus dedos a relva fofa do prado
Deitar-me sob o céu estrelado
Enquanto seguras a minha mão
E como uma gota de orvalho
Que cai e escorre pela minha pele
O teu beijo é doce como mel
Meu
Pecado fatal
Tua
Culpa afinal
Sem
Controlo Real
Com
Incerteza Tal
Sou
Presa mortal
Sei que sigo o caminho sem retorno
Pois já me sinto sem rumo e perdida
Mas determinada a trocar a existência pela vida
Acredito num amor sem imposições
Onde renasce o imprevisto e a descoberta infinita
E só importa o bater de dois corações
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terça-feira, 21 de julho de 2009
Máscaras
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terça-feira, 30 de junho de 2009
Criança da Luz
Maravilhosa criatura resplandecente
Há algo na tua forma que me seduz
Tornas-te dona da minha mente
Sonho toda a noite até ao desperar
Com o fruto da que o sol pode amar
Teu nome é aurora, doce deleito
Doce luz que anuncia o fim das trevas
Chamas os mortais do seu leito
Eles dizem: guia-me estrela
E tu os conduzes com carinho
Pelo tortuoso caminho
Insistem: Agradeço-te, oh! querida dama que vela
Mas eu sei
Criança da luz
filha da lua, eu sei
quem és tu
Guardiã do sono agradável e restaurador
Guia o passo trémulo do sonhador
Pelas veredas do segundo mundo
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segunda-feira, 29 de junho de 2009
Beleza Negra

Pelo vacúo absorta
Procuro a saida fácil
Pois temo que a delonga morta
Me engula e desfaça ágil
Porém não escapei ilesa
À gula insaciável e fervente
Dos monstros da minha mente
Que me mantinham sua presa
Da marca na minha carne sangue escorria
Permanece como a ferida do cristal
E lembro então que embora lute com teimosia
O meu corpo ainda é mortal
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Etiquetas: fantasia, Guerreira japonesa
sábado, 2 de maio de 2009
Sou

Sou feita da névoa inebriante exalada pela noite negra e aconchegante, banhada pelo sol recém-nascido, beijada pela doce chuva.
Fundo-me com a água, sinto a erva morna entre os meus dedos, bailo com a brisa mansa, sinto fogo ardendo em meu sangue, chama que me mantém viva.
Sou como as sombras que bailam à distância de um relance, levemente tocadas por um olhar, descansando em altas e fortes árvores, protegendo-me, escondendo-me dos que me feririam, nunca permitindo que soubessem a minha existência.
Por ruas empoeiradas andei, rasguei os meus pés descalços nas pedras afiadas que se escondiam entre o caminho.
Eu era como um sonho. Vês-me. Sabes que estou lá. Mas não me poderás tocar. E no fundo sabes isto. Sabes que sou como uma estranha tontura que te toma e te liberta não deixando rasto senão o da leve memória.
Tive de correr. Lutar. Cortar os aguçados fios, resistentes como aço, que me prendiam e cortavam a carne, mantendo-me no meu lugar, impedindo-me de ser tudo o que poderia ser.
Não era de ninguém nem ninguém era meu. Livre como a corça selvagem que experimenta o vento indomável.
Mas foi no auge deste sentimento que ele surgiu eu. Que nasceu para mim. Acarinhado pela luz do sol, lavado pelo orvalho que vem com a aurora olhou nos meus olhos invadindo o fundo da minha alma. Como poderia dizer não a tão solene pedido?

Seus braços fortes envolveram-me no ardente calor dos seus lábios, despegando-me do meu sonho para alcançar o nosso. Fogo vivo ardia sob a minha pele contaminando o ar à nossa volta. A erva fresca foi nosso recreio entre sussurros e sorrisos.
Foi o único a chegar até mim. Aquele que tomei como meu. Não me libertei de quem não queria ser libertado por mim. Tornando-nos um só, um só sopro, uma só mente…
Ele é quem disse não ao negrume da vida para viver a minha existência etérea, efémera, que não seria recordada por ninguém a não ser pelos corações quebrantados que sonham com a liberdade da mente e do coração.
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quarta-feira, 22 de abril de 2009
Ephemeral soul
Made with the night mist
Bathed in the newborn sun
Kissed by the sweet rain.
I walked in the dusty roads
Sleeping in tall and strong branches
Hiding for those who would try to hurt me
Not letting them know about my existince
I was like the shadows
You know I'm there
Sometimes you see me
But you'll never be able to touch me
I ran
I fought
Those cutting strings
That tried to held me in my place
But when he came
Touched by the sun
Eyes that invaded my soul
I just couldn't say no
He was the first one to reach me
terça-feira, 24 de março de 2009
Muda
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Valeu a pena?
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O amor

.....
Somos crianças eternas num mundo que nos é desconhecido.
Somos como adolescentes teimosos que julgam saber tudo e descobrem sempre algo novo ao virar de cada esquina.
O amor existe em tantas verdades que jamais absorveremos a sua profundidade... Nem convém desejar sabê-lo... Apenas que saber que é a única coisa imutável nesse planeta.
Ternura, carinho, paixão, amor... todos as têm no coração.
Apenas somos cegos ao procurar a pessoa certa a quem entregar o coração.
E cegamente e em solidão caminhamos até que as nossas mãos tocam outras, quentes e macias, e subitamente não estamos mais sós...

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domingo, 15 de março de 2009
Não me podes prender
Na noite sempiterna que me envolve
Na dor sufocante que me assola
Estas paredes frias sufocam a minha voz
Mergulho no tunel escuro
A tua presença me acompanha
Não te veijo mas sei que estás lá
Ansiando pela minha queda
*
Não posso ser presa
Não sou força domável
Não me podes ter
Apenas me sentir enquanto eu assim desejar
*
Não me tentes prender
Porque assim que me puseres os grilhões
Na manhã seguinte escaparei
E como um fantasma desintegrar-me-ei
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Para corações feridos
Gostava de ser o ar que escapa por entre os teus lábios...
Gostava de ser a brisa que afaga as tuas faces...
Gostava de ser os teus lençóis onde repousas todas as noites para poder sentir a tua pele...
Gostava de ser o raio de luz que todas as manhãs te beija os olhos para te acordar...
*
Gostava
Desejava
Sonhava
Contigo, com o teu cheiro, o teu calor, os teus beijos e carinhos...
*
Já não quero,
Nem desejo,
Nem sonho...
*
Só te quero fora
Fora da minha vida
Fora da minha cabeça
Fora do meu coração
*
Quero ser feliz
Mas não preciso de um homem para isso
Há amor puro na amizade
Força na vontade própria
Só preciso de mim mesma
Ser forte e persistente
*
Não verto mais lágrimas pela tua vergonha
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Só, penso e escrevo
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Recordação
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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Haunting my bruised soul
How come
Always
When I think I'm safe at last
You, somehow, reach the surface
And haunt my bruised soul again
Always
When I think I'm safe at last
You, somehow, reach the surface
And haunt my bruised soul again
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Amantes

Ondulam as palavras dulcíssimas
Que numa mirada fazem o meu corpo estremecer
Passo os dias ansiando a noite chegar
Publicada por sentimento_profundo à(s) 15:45 0 comentários
Etiquetas: amantes