quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Se esconde...




Continuo me escondendo. Me escondendo atrás de falsos sorrisos e falsas mostras de felicidade que na verdade não sinto. Dias passados atrás de uma mácara sorridente enquanto que por dentro o meu coração chora...


Chora pela perda, pela mágoa, pela dor que causas-te quando levas-te contigo parte de mim.

Errante, vagueio sem destino, por entre dias vazios e e ocos.

De olhar perdido e boca seca

Pensamento perdido nas névoas do tempo... teias que tecem imagens defronte dos meus olhos... tão reais... momentos de nós ambos... risos... carícias e amor dado sem desejar mais do que aquela alegria... tão pura... mas de igual modo efémera...

Para onde partiu? Como foi qe escapou esse meu enlevo que sentia em cada beijo teu?

Amámos sem razão nem ânsia pelo amanhã. O mundo era nosso e nós erámos seus reis. O futuro estendia-se à nossa frente como o tecido qe se estende aos pés da costureira que o trabalha.

Mas agora... agora... agora não é mais. O sonho acabou quando a dura realidade se mostrou a mim. No momento em que te disse adeus permiti que levasses o melhor de mim. Levas-te o meu sorriso, a minha alegria, a minha luz, o meu brilho, a minha paixão e toda a ternura que uma vez estive disposta a ceder... Não me mostras-te no entanto como recuperar tudo isso.

Vagueando me encontrei entre a densa floresta que me oferecia o seu reconfortante abrigo do mundo exterior. Deixei-me abater sobre um velho toro de árvore... Finalmente as lágrimas correram livremente pela minha face com a segurança de que ninguem testemunharia a minha fraqueza.

Chorei até a noite, negra como seria de esperar quando o luar não se mostra. Foi aí que parei. Uma calma. Tão estranha mas tão bem-vinda. Não sentia. Mas as minhas ideias estavam mais claras que nunca. Foi então que o vi.

Belo como um anjo, oportuno como uma dádiva divina, ajoelhou-se junto a mim, e baixinho perguntou: "Porque choras?"

Era um perfeito estranho mas não interessava. Abri-lhe o meu coração como ainda não havia feito com ninguém...e ele ouviu tudo até ao fim e não disse nada... Até que: "Escreve na terra tudo que te magoou". Incrédula questionei-o. "Escreve e quando se apagar vais ver que a tua tristeza vai ter o mesmo destino".

Fiz exactamente isso. E quando acabava as nuvens choraram. Nunca soube dizer se foi uma coincidência ou se foi de facto um marco na minha passagem nesse mundo... O que sei é que depois disso ele me segurou na mão e de alma lavada parti com ele daquele lugar sombrio...





sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A Marioneta



A marioneta
Presa fácil
Envolvida em finos fios
Finas garras mascaradas
Presa em subtis delírios
Prisioneira em jaulas enfeitadas
Julgas-te filha da liberdade?
Tenta escolher uma direcção
Logo sentirás um puxão que com autoridade
Te prende e te molda pela sua ambição
Que fizes-te para o merecer?
Que castigo recai sobre ti pobre menina?
Que cruel tirano te manobra e te domina?
Porque não te solta e te não deixa viver?
Julgavas-te feliz e amada
Foi o engano perfeito
Encurralada e aprisionada
Teu mundo de fantasia desfeito...
Oh marioneta
Presa fácil
Nas cruéis mãos do destino
Manuseada
Presa
Por puxões e empurrões conduzida
Solta os grilhões
Foge dessa agonia
Abre os portões
Corre para a vida

Who Am I?

Behind your cold eyes

Sometimes I think I can see

What your vision of me

turned out to be







I know what I used to feel
I know what I used to like
I know what my life was to me
I just can't figure out who I am

Do you see me
Do you know the answer?
Do you understand the nightmares?
Or you're just another of them?

That sad puppets.
They do all that they see on TV.
Live their life on appearance.
Instead of being someone.
I don't wanna be like them.


Trade my life for designer clothes.
Live in a happy made up world.
Forgetting the true behind all.


I don't mind the suffer...

I don't mind the pain...

In the end I just wanna know

I knew the truth behind the mask

domingo, 14 de dezembro de 2008

Entre o céu e o mar

Entre o céu e o mar

Onde estou? Onde me podes encontrar? Não te posso dizer algo que nem eu sei...
O que sou eu?
Sou apenas uma alma etérea que sofre pela sua própria fragilidade.




Sofro como muitas outras almas que em breve partirão deste mundo...tal com eu um dia partirei...








Mas apesar de saber como o meu futuro se caracteriza por um curto traço na linha de tempo do infinito universo, penso... cresço... sinto...









Tu és tal como eu. Nunca, nem por uma vez, quises-te simplesmente não sentir? Não sentir aquela mágoa que te perfura o peito e te rasga sem piedade o coração...a tua pele que parece queimar e o desejo quase instintivo de que a dor passe...que acabe tudo...só porque a dor é tão forte, tão profunda que parece que é física...e só desejas que acabe...














No entanto...
De certo já amas-te... E se ainda não,... não tenhas pressa... o amor também não tem... Apenas no dia que vier está pronto... Nada temas... Saboreia cada momento como se fosse o último... Faz de todos únicos e especiais. Aproveita os maus e aprende. Aproveita os bons e repete-os. Nunca te esqueças de tudo o que viveste e guarda bem o que sentes para quem o mereça.
















Apenas quero... que ao fechar os olhos uma última vez... saber que...



...me entreguei... amei... errei... sofri... aprendi... cresci... fiz tudo no pouco tempo que me foi concedido que a minha pobre e frágil alma almejou concretizar...



...e agora



...fecho os meus olhos



...repletos de lágrimas



...de felicidade

A lua que beija o mar todas as noites sopra ao mundo como é maravilhoso o amor...






A flor do deserto que anseia por uma gota de água diz-te como sente saudade do sabor e do toque da chuva...





As árvores sussuram-te como apreciam a doce voz do vento quando se passeia por entre as suas folhas...




As nuvens distantes da terra lamentam-se como a saudade dói...






Eu dir-te-ia que sem ti a minha alegria se desvanece e as lágrimas escorrem pelo rosto, banhando o meu pescoço e o meu peito...






Apenas porque não estás aqui quando so te quero confessar



EU AMO-TE

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Caminhos Desconhecidos

Com o coração pesado da perda e da dor. Os olhos húmidos das pérolas brilhantes que os assaltam continuamente. Com passo incerto vagueio por esses caminhos desconhecidos. Não sei que me espera, mas não poderá ser pior que aquilo que deixei para trás.


Pulso acelerado e respiração ofegante. Temo cada sombra e cada pequeno ruído. A verdade é que o seu fantasma ainda me assombra e me atrai para ele como se fosse já parte de mim. Na minha loucura e no meu desespero por escapar ao meu passado angustiante, ouço vozes de escárnio dizendo que não sou forte o suficiente e que jamais serei livre... Atrás de cada árvore procuro um rosto humano... Alguém que em agarre e me puxe de volta... Não! Sou mais forte do que isso!


Irrompo do bosque escuro e assustador que me ofuscava a visão e a mente e comtemplo a minha salvação...


Enquanto comtemplo as maravilhas da luz do sol na terra, olho em frente e no centro deste Mundo Novo tu estendes a tua mão e salvas-me da perdição ...