segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cara fantasia



Sob a floresta densa da minha mente
Escondida entre o turbilhão do passado dia
Como algo que por demasiado tempo esteve dormente
Revela-se ainda a minha cara fantasia

Ainda sonho com uma noite de Verão
Em sentir entre os meus dedos a relva fofa do prado
Deitar-me sob o céu estrelado
Enquanto seguras a minha mão

E como uma gota de orvalho
Que cai e escorre pela minha pele
O teu beijo é doce como mel

Meu
Pecado fatal
Tua
Culpa afinal
Sem
Controlo Real
Com
Incerteza Tal
Sou
Presa mortal

Sei que sigo o caminho sem retorno
Pois já me sinto sem rumo e perdida
Mas determinada a trocar a existência pela vida

Acredito num amor sem imposições
Onde renasce o imprevisto e a descoberta infinita
E só importa o bater de dois corações

terça-feira, 21 de julho de 2009

Máscaras



Sempre tomei como vantagem
No meio da multidão
Ser como o camaleão
Habituada a fundir-me na paisagem
*
No fundo da gaveta, embaixo do meu leito
Guardo as máscara que me escondem o rosto
O cadeado é forte e robusto
A chave levo encostada ao peito
*
Uma é um sorriso amarelo e desgastado
Outra é a minha fala curta e vazia
Escondo o que sinto com indiferença e enfado
Guardo para mim o que penso em demasia
*
Luto contra a ilusão
Mas é doce a satisfação
De algo só meu e secreto
*
Enoja-me pensar como era tratada
Antes da minha imagem estar mudada
Aperfeiço-ei as máscaras ao ser ignorada
E agora são elas que me mantêm aprisionada
*
Mas o teu toque é libertador
Enternece o que agora é pedra a quebrar
Baixei as defesas para te deixar entrar
Mas ser transparente ainda me enche de temor
*
E cresço em mim a coragem
Para arrancar a chave do meu peito
Queimar as máscaras em baixo do meu leito
E lançar as cinzas na aragem