quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Para corações feridos



Gostava de ser o ar que escapa por entre os teus lábios...
Gostava de ser a brisa que afaga as tuas faces...
Gostava de ser os teus lençóis onde repousas todas as noites para poder sentir a tua pele...
Gostava de ser o raio de luz que todas as manhãs te beija os olhos para te acordar...

*

Gostava

Desejava

Sonhava

Contigo, com o teu cheiro, o teu calor, os teus beijos e carinhos...

*

Já não quero,

Nem desejo,

Nem sonho...

*

Só te quero fora

Fora da minha vida

Fora da minha cabeça

Fora do meu coração

*

Quero ser feliz

Mas não preciso de um homem para isso

Há amor puro na amizade

Força na vontade própria

Só preciso de mim mesma

Ser forte e persistente

*

Não verto mais lágrimas pela tua vergonha


Só, penso e escrevo


De lápis na mão

Em reconfortante solidão

Olho em volta, pensando, e escrevo...

"Poderia algum dia sentir o mesmo enlevo?"

Alcançar grandes feitos

Ter poder e dinheiros

Não é o que todos querem?

Por isso no final todos perdem

Perdem vida, amor e paz

Não conservam momentos que jamais voltaram atrás

De que vale a riqueza e o poderio

Quando a vida é como um rio

E quando o teu dia na foz chegar

Expira uma última vez e rende o teu ser ao mar

Recordação


Lágrimas
Lágrimas de contentamento
Lágrimas de amor
Lágrimas por profundo sentimento
Choro sentido de dor
*
Sinto bem presente
Cada lágrima que acaricia o meu rosto
Sinto nos meus lábios o seu gosto
Até que cai na folha de papel na minha frente
*
Todas as noites me deito contigo no pensamento
Em cada madrugada acordo repentinamente
O teu fantasma volta para me assombrar repetidamente
Quando pensar estar segura as recordações trazem-me o desalento
*
Lembro me como sempre te esperava
Junto ao velho carvalho aguardava
Impaciente com as mechas do meu cabelo brincava
*
Até que no caminho te via
Sorria e para os teus braços corria
Abraçavas-me sempre com tanta alegria...
*
Ao caminharmos por entre as árvores do bosque despido
Os nossos pés faziam música no tapete colorido que se estendia
Recostávamo-nos na folhagem macia
No teu peito cerrava os meus olhos e sussurava o meu amor ao teu ouvido
*
Mas com o Inverno o frio chegou ao meu coração
Na flor da tua juventude partiste para regressar jamais
No silêncio do meu quarto dei largas à minha emoção
O meu amor não voltaria para mim nunca mais
*
Na noite escura me esgueiro
Com os olhos secos e coração cheio
Voltei aonde antes te amei
Uma última lágrima ali derramei
Com carinho e esperança o meu ventre acariciei
Com um largo sorriso nos lábios chorei
*
Chorei porque não estavas a meu lado
Chorei poque nunca mais te beijaria
Jamais te estreitaria num abraço alongado
Jamais te amaria
*
Não iria acordar todas as manhãs na tua cama quente
Não envelheceria contigo
Não cuidaria de ti quando estivesses doente
Nem conheceríamos o mundo desconhecido
*
Amaldiçoado quem te levou de mim
Quem rasgou a felicidade do meu coração
Abençoado quem não permitiu que não fosse ainda o fim
Quem me deu uma última recordação.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Haunting my bruised soul



Once again I shut the door
Don't wanna hear those screams no more
I'm gonna close myself inside
And that's when I start wondering why...
*
How come
Always
When I think I'm safe at last
You, somehow, reach the surface
And haunt my bruised soul again
*
I locked the windows
turned the music so high
"Might then I stop hearing them"
But the images on my mind kept going
*
How come
Always
When I think I'm safe at last
You, somehow, reach the surface
And haunt my bruised soul again
*
I was feeling like I was breaking apart
I was fearing to face it once more
I was sensing the scars opening in my flesh
Then the door opened and I saw
*
How come
Always
When I think I'm lost again
Your love shines trought
And the warm within your arms shows me the nightmare is over

Amantes




Dois rumos ligados
Duas vidas perdidas em amores
Que se confrontam perante os dissabores
Que assombram os que amam e que são amados
*
"Quero-te sentir
Quero-te amar
Quero-te pedir
Que aceites o que te quero dar"
*
Por entre os lábios de um amante
Ondulam as palavras dulcíssimas

Que acalentam o meu ser
*
Cada manhã que me levante
Quero relembrar as suas faces amantíssimas
Que numa mirada fazem o meu corpo estremecer
*
Perante o espelho posso ver o meu rubor
Que se me dá? que sinto eu nas minhas vísceras queimar
Oh! meu amor
Tu és como a febre que não quero curar
*
Passo os dias ansiando a noite chegar
Quando me debruçarei na janela e verei
Aquele que desejei
Que todo o dia aspirei nos seus braços me estreitar
*
O teu bafo quente no meu rosto
Os teus braços fortes e calejados
A tua pele de áspero gosto
Queimada pelo sol flamejado
Mais uma das marcas do teu passado
*
Tantas tribulações viveste
Na tua jovem vida
Como eu ansiaste pela despedida
Da vida insípida que não escolheste
*
Agora que me sinto junto a ti
O meu coração encontrou um lar
Jamais te irei deixar
Jamais partirei daqui